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Conversa de portão

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Conversa de portão

Postado em 7 de junho de 20185 de fevereiro de 2020 por blog
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Deborah Vier Fischer

 

Deborah, Neca, Beth - F Livro 2018
Deborah, Beth ,Neca e Lui, filho da Anninha, ex-aluna, na Feira do Livro

Era o ano de 1989, dezembro, último dia de aula. Final do primeiro ano de vida da Projeto.

Chego à escola para buscar meu filho, o Tiago, aluno da Projeto desde o seu início. Encontro com a Neca Baldi no portão (naquele tempo só havia uma unidade, a da Paulino Teixeira). Era o primeiro ano da Escola Projeto e o meu último ano do curso de Pedagogia. Combinação perfeita – pensei – pelo menos para mim: eu, saindo da universidade, cheia de energia, sedenta por ver em ação as tantas coisas que havia aprendido e as outras tantas que rondavam as minhas ideias sem descanso, e a Projeto iniciando suas atividades, com tantas e tantas possibilidades e espaços para criação. Eu, mãe e futura pedagoga inquieta, e a escola como o lugar para, quem sabe, abrigar as minhas inquietudes em relação à educação. A Projeto como a escola do Tiago e, quem sabe, a minha futura escola. De minha parte, estava tudo certo. Faltava agora comunicar à Neca a minha intenção e aguardar, ansiosa, a sua resposta.

Encho-me de coragem, estufo o peito, respiro fundo. A garganta seca, mas estou decidida, não tem volta. Eu e a Projeto, eu mãe e professora, meu desejo. Sem pestanejar, mas tensa e com um misto de receio e vergonha, avanço em direção à Neca, que me recebe com um sorriso e com aquele olhar que a gente tão bem conhece, de quem está sempre pronta para ouvir, mesmo sem saber ao certo o que virá. E o momento derradeiro acontece ali, no portão, em meio às famílias que chegavam também para buscar seus filhos e filhas. Um tanto desajeitada e afoita, lanço a pergunta:

– Neca, mãe tem chance de ser professora nesta escola?

Neca me olha e, no instante seguinte, responde:

– Olha, eu nunca havia pensado nisso. Por que, tens interesse?

– Eu? Muuuito! Lógico! Claro! – respondo.

Então, a Neca promete conversar com as gurias – as irmãs Baldi – e me dar um retorno. Pergunta, acredito eu, mostrando algum interesse:

– Estarás por aqui nos próximos dias?

– Vou passar as festas de final de ano em Estrela, cidade da minha família, mas te deixo o telefone, pode ser? – respondo, faceira.

Depois da resposta afirmativa, passo meus contatos rapidamente. Telefone fixo, que era moda na época. E aguardo…

Passam-se os dias. Eu, em Estrela. Passam-se as festas de final de ano, Natal, Ano Novo. Chega a primeira semana de janeiro. Toca o telefone. Atendo e ouço:

– Oi Deborah, é a Neca!

Tensão. Coração disparado. Conversa breve e objetiva. Neca diz:

– Falei com as gurias, conversamos bastante. Pensamos muito em ti e no Tiago. Gostaríamos muito de te ter aqui conosco, mas não queríamos prejudicar o teu filho. Como te imaginas aqui na Projeto como mãe e professora? Não seria o caso de teres outras experiências antes de trabalhar conosco? Quem sabe um trabalho em escola pública, para conheceres outras realidades?

– Eu acho que seria ótimo – respondo ofegante – estar com vocês, aprender com vocês, quero isso mais do que tudo. Preciso de experiência e ela pode ser na rede pública ou também na rede privada, mas neste caso, eu quero a Projeto! O Tiago? Tenho certeza que não será prejudicado. Converso com ele. Explico a situação. Acho que ele vai gostar. Quero muito esse emprego!

– Então vem no dia tal, em tal horário – diz a Neca – tu serás nossa professora!

Este texto foi escrito pela primeira vez em 2011. Na época faziam vinte e dois anos desde o dia aquele do anúncio no portão da escola sobre o meu desejo de fazer parte da história da Projeto. Uma história que tem início, meio e não tem fim, pelo menos não por enquanto. E ela segue firme, neste momento ainda mais, em que chegamos aos trinta anos. Uma história que continua acontecendo a cada dia em que venho para a escola e a cada (re)encontro com minhas memórias deste projeto em construção.

Hoje, não mais como professora, mas como coordenadora geral da escola, tenho a Neca e a Beth como parceiras muito próximas, quase irmãs, afinal, temos uma vida juntas e muita história para contar. Não sou da família Baldi, mas meu sobrenome é Projeto. Busco, em cada contato que faço, com famílias que vêm conhecer a escola, ou com as que já estão conosco, com as demais coordenadoras, os professores e as professoras que se juntam a nós, com a equipe do administrativo, enfim com as várias pessoas que tornam possível a escola acontecer, manter o brilho no olho e a mesma energia, vibração e coragem que senti naquele janeiro de 1990, quando pisei pela primeira vez na Projeto, para assumir um lugar na docência. Lugar esse, tão almejado, sonhado e conquistado, que começou em uma simples, porém, certeira, conversa de portão.

Texto atualizado em 7/06/2018.

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