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Na lembrança para sempre

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Na lembrança para sempre

Postado em 1 de outubro de 20201 de outubro de 2020 por Escola Projeto
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Mário Falcão (* )

As crianças queridas da Escola Projeto cantaram junto comigo um canto Mbyá Guarani que diz “vamos pelo caminho, cantando a nossa música, para a gente se alegrar!”:

Jaje’oi tape rupi
Mborai’i reve
Mborai’i reve
Javy’y a aguã
Javy’y a aguã

Participar de todo esse trabalho foi muito emocionante. Desde o primeiro contato/convite, ainda no ano passado, antes da pandemia, já fiquei muito contente. Naquele momento, ouvia dos professores Ianes Coelho e Marcelo Delacroix (queridos colegas e amigos) relatos que aumentaram a expectativa que eu já nutria por esse evento, até por acompanhar o histórico de artistas que a Projeto convidou ao longo dos anos. Imaginava participar de encontros presenciais em sala de aula… mas veio o novo coronavírus… Como esses encontros iriam se desenvolver no âmbito virtual? O primeiro encontro foi no zoom, com toda a comunidade escolar (em agosto). Ali, já deu para perceber que poderíamos estabelecer uma troca bem bacana. Num determinado momento do ano, me chegou a grata informação de que algumas turmas realizaram encontros virtuais com indígenas, inclusive professores. Acabei por sonhar com vozes de crianças cantando uma canção para os Guarani. Logo compus a música “Nosso Canto”, que traz palavras do dia a dia dos Mbyá (e de muitos juruá também). Foi natural a vontade de juntar na mesma gravação um canto Guarani.

Tudo é processo. A partir de 2017, visitei países latinos e lugares brasileiros onde o orgulho e a presença indígena são muito mais fortes do que aqui em Porto Alegre. Na mesma época, tivemos a oportunidade de conhecer a tekoá Ka’aguy Porã, em Maquiné. Acompanhamos aquela retomada e participamos do mutirão de construção da escola da aldeia, a Tekó Jeapó. Nesse mesmo momento histórico, ouvimos falas de Daniel Munduruku e de Ailton Krenak. Procurei livros sobre cultura Guanani (reparei que a essência de suas “Palavras Formosas” é muito parecida com os ensinamentos orientais do “Tao Te King”, de Lao Tse). Comecei a aprender instrumentos musicais criados na América do Sul, como o Charango e a Viola Brasileira. Tudo isso para desaguar neste 2020 e todo o seu “pacote” de fatos nefastos para a vida (e, em especial, para os mais vulneráveis e, entre estes, os indígenas).

A Escola Projeto está mais uma vez de parabéns, pois mesmo com as dificuldades impostas pelo isolamento social, levou adiante esse projeto que propicia encontros que mostram para a comunidade escolar a diversidade da produção cultural de nossa cidade nas áreas da música, artes visuais e literatura. De minha parte, lembrarei para sempre da amorosidade de nossos encontros e do que dali frutificou – e do que ainda pode florescer -, das perguntas curiosas e inteligentes dos alunos, das canções preferidas, dos trabalhos, danças e vozes. Penso que conseguimos mutuamente contribuir com um conteúdo interessante e que tornou nosso ano mais leve e divertido, sem deixar de propor pensamentos e ações. Fica aqui um super agradecimento pelo envolvimento de toda a comunidade escolar, pela surpresa bonita da união das vozes e pela contribuição (no show) para as 14 famílias que são a tekoá (aldeia) Ka’aguy Porã.

Saúde!

“A mãe do Brasil é indígena, ainda que o país tenha mais orgulho de seu pai europeu que o trata como um filho bastardo. Sua raiz vem daqui, do povo ancestral que veste uma história, que escreve na pele sua cultura, suas preces e suas lutas. (…) Nós somos um país rico, diverso e guerreiro, mas um país que mata o seu povo originário e aqueles que construíram uma nação, que ainda marginaliza povos que já foram escravizados e seguem tentando se recuperar dos danos. O indígena não é aquele que você conhece dos antigos livros de história, porque não foi ele que escreveu o livro. Então nem sempre a sua versão é contada. Ele não está apenas na aldeia tentando sobreviver, ele está na aldeia, na cidade, na universidade, no mercado de trabalho, na arte, na televisão, porque o Brasil todo é terra indígena. (…) você deveria ter mais orgulho do sangue indígena que corre em suas veias. Porque a mãe do Brasil é indígena”.

Mirian Krexu (mbyá guarani e médica brasileira)

(*) Cantor, violonista e compositor de Porto Alegre/RS, Mário foi o músico convidado deste ano de 2020 para o estudo com as turmas da escola: http://www.mariofalcao.com.br/

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