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SENTir

Postado em 16 de junho de 202216 de junho de 2022 por Escola Projeto
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Kamila Petrikicz (*)

02/06/2022

Pela primeira vez tive que tomar uma decisão de adulto. Foi uma decisão racional, refletida, analisada, na qual precisei escolher sobre o que eu acredito sobre educação e sobre o que eu precisava no momento. No Brasil de hoje em dia temos de escolher entre viver sonhos e sobreviver. Eu tinha um plano, sobre o qual refleti nas minúcias. A pedagogia fez mais sentido pra mim ao me encontrar com a alfabetização. Foi amor à primeira vista? Não, tive consciência de que, para conhecer as facetas dessa área, são muitas as camadas e, por isso, me encantar foi um processo.

Foi em um momento, estudando e pensando sobre o conceito, que caiu a minha ficha. Sabe aquele momento que parece que descobrimos algo grandioso, o sentido de tudo? O problema do mundo, do Brasil, é que as pessoas não sabem escrever o que sentem, o que pensam, e não compreendem o que leem, não refletem sobre. A partir de então, eu quis estar em espaços de ensino que me proporcionassem o melhor para eu ensinar crianças a lerem e escreverem com qualidade. Um projeto de vida: estar em contato com a pesquisa na Universidade, descobrir o que pensam sobre alfabetização para eu pôr em prática o que aprendo. Paralelamente, vivenciar um projeto de escola, aprender com qualidade as hipóteses a que as crianças chegam, suas dúvidas mais íntimas. Para experienciar com qualidade a alfabetização, precisava de uma escola que também não negasse o direito humano da criança de viver a arte em suas amplas áreas, a literatura, o brincar.

São poucas as escolas em Porto Alegre que realizam essa interlocução saudavelmente, com respeito à criança. Foram meses vivendo esse sonho, aprendendo junto com as crianças. Um dia escutei um dos pais dizendo: “a gente estuda na Projeto, junto”. Sim, eu estava estudando também na melhor escola fundamental de Porto Alegre. Não tinha dias ruins, tinha descobertas, escutas, saberes. Conhecer escritores é mais do que ler o livro, é fazer parte da história, junto. Viver todos os dias a biblioteca é experienciar o porquê os livros são mundo e abrigo. O dedilhar dos dedos pelos exemplares e o correr do olho pelas capas: “Qual eu levo profe?”, “Um livro de planetas, será que tem?”, “Quero o número um, esse mesmo”, mostrando uma enciclopédia, que iria pegar em ordem. Aprender a organizar os livros por gênero: “Com essa etiqueta os livros têm mais desenhos”, “Posso pegar esse que tem bastante texto?”… Um dia perguntei para uma criança o que ela levava em conta para escolher um livro para levar para casa, pois eu sabia que ela não lia ainda. Ela me disse: “A capa, ué! Acho que esse aqui vai falar de uma menina que brinca muito”.

Ela estava construindo critérios para sua escolha, estava realizando inferências a partir da interação com o livro. Eu aprendo sobre isso na Universidade – estratégias de ensino para a leitura – e viver esses momentos nas entranhas do processo é presenciar teoria e prática dando as mãos em uma valsa. Crianças, arte, literatura, autores, livros, uma biblioteca. O espaço, a intencionalidade, um projeto de educação. Crianças aprendendo a serem sensíveis com o outro neste mundo, neste país. Poder observar esses momentos, interagindo junto, brincando com elas é um sonho para quem pesquisa alfabetização. E esse sonho me foi roubado. Ter de escolher entre ganhar mais e poder viver um sonho que se planejou é abdicar de vida, de pulsão, e isso é triste.

Acho importante dizer que eu não romantizo o trabalho docente, que trabalho é trabalho e sempre será, mas há diferença em trabalhar com qualidade e necessitar de um trabalho para viver com dignidade. Esse sonho me escapuliu das mãos, saiu de fininho pela porta entreaberta e eu não tive escolha: precisei fechar a porta e não pude pedir para ele voltar e ficar mais um pouco… Fica a saudade, pois me sinto um pouco Projeto também. A falta que já sinto de viver, cantar e brincar, presenciando a aprendizagem das crianças, é triste. Sou péssima com despedidas, então, até logo, pois o projeto não vai parar por aqui.

(*) Ex-monitora da turma 13, se despede da escola com esta carta, expressando o aconchego que viveu ao estar aqui na Projeto.

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