Marcio Neves

A nossa olimpíada é de brincadeira, mas as crianças fazem o seu melhor, inspiradas em seus ídolos, que observam pela TV. Quem já não experimentou a alegria da vitória? Quem não sofreu ao perder uma partida apertada? Mas quem foi consolado por um amigo do outro time sabe como isso é importante e faz ambas as partes se sentirem melhor.

Nossas provas são adaptadas para proporcionar uma participação mais igualitária e uma visão diferente das provas. No basquete, por exemplo, não precisam picar a bola, mas devem passá-la para os colegas antes de arremessar. No handebol os passes no campo de defesa não têm marcação, possibilitando a todos tocarem na bola. Apenas quando se colocam no campo adversário é que a defesa marca forte. Nas corridas de velocidade todos se esforçam e, mesmo assim, aceitam bem que um colega possa ser mais rápido numa prova e outro mais forte em outra.

Os alunos experimentaram a luta greco-romana, na qual se deve tirar o colega do círculo usando apenas a força dos braços, mas com as mãos entrelaçadas.

Nas aulas, superamos nossos próprios limites, nossas próprias marcas, como fazem os atletas nos jogos olímpicos, entendendo que lutar não é brigar e sim persistir até conseguir o objetivo. É isso que vivemos também em nossa olimpíada, além de construir o respeito às diferenças.

Os jogos olímpicos nos renovam a esperança de que é possível convivermos bem com as diferenças. Ao ver tantos rostos, tantas cores, tão diferentes e tão semelhantes a nós mesmos, como não se identificar e não acreditar que o bem conviver é algo que podemos alcançar?

Vamos aproveitar esse momento para semear esses ideais em nossas crianças e certamente teremos uma sociedade melhor para eles.