Como a escola encara a inclusão?

Para a Projeto a inclusão é processo, e é entendida como um trabalho sistêmico de toda comunidade escolar. A escola tem uma abordagem inclusiva, que busca garantir que todos(as) os(as) alunos(as), independente de suas habilidades ou limitações, tenham acesso a uma educação de qualidade e à igualdade de oportunidades.

Acreditamos que um projeto de sociedade passa por um projeto de educação. Se desejamos uma sociedade mais justa, igualitária e humanizada é fundamental acolhermos as diferenças. Esse aprendizado só é possível no dia a dia, nos diferentes espaços da sociedade. A escola aberta a todos(as) não beneficia apenas os(as) alunos(as) com deficiência, mas a todos e todas, que passam a conviver com a diversidade.

A inclusão e o atendimento educacional de crianças com deficiência são direitos garantidos por lei no Brasil. A Constituição Federal, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) e a Convenção Nacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência estabelecem a obrigação do Estado em assegurar a inclusão educacional, social e cultural de todas as pessoas, sem exceção.

Para além das aulas da série, no turno regular, os(as) estudantes com deficiência frequentam semanalmente, no turno oposto, o AEE (Atendimento Educacional Especializado). Esse atendimento é realizado individualmente, em duplas ou pequenos grupos, pela Educadora Especial, responsável por elaborar o PDI (Plano de Desenvolvimento Individual) de cada estudante.

A equipe pedagógica atua em conjunto com o AEE, buscando práticas pedagógicas inclusivas, bem como adaptações curriculares, quando necessário. A escola conta ainda com o apoio de monitores(as) e, eventualmente, a presença do AT (acompanhante terapêutico) do(a) estudante. É fundamental a parceria da escola com as famílias e terapeutas das crianças, a fim de pensarmos juntos, caso a caso, encaminhamentos mais eficientes.

Entendemos que temos muito a avançar e estamos investindo na formação continuada dos(das) educadores(as), com base em estudos sobre o anticapacitismo, por exemplo, promovendo uma reflexão crítica sobre práticas pedagógicas e formas de organização da escola que colaboram para ações de exclusão de alunos(as) com deficiência e buscando, cada vez mais, a qualificação de conhecimentos e recursos pedagógicos que contemplem as necessidades individuais dos(as) alunos(as) e valorizem a diversidade, numa perspectiva inclusiva.